Dependência emocional: como identificar e superar?
Reconhecê-la é essencial para viver o novo!
Daniela Mendes
3/27/20252 min read


Quando o assunto é amor, uma quantidade grande de pessoas experimenta o apego. Ele se intensifica com o tempo, e faz parte da condição humana. Porém, em doses exageradas, esse sentimento pode se transformar em uma verdadeira dependência emocional.
O dependente emocional não consegue imaginar a vida sem o bem-amado e isso pode acontecer em várias situações: no relacionamento amoroso, de amizade e familiar. A pessoa se vê incapaz de viver sem o outro, mas será isso é possível, de verdade? Não conseguiria viver?
Falamos, inclusive em “simbiose emocional” quando ambos estão tão ligados ao ponto de não saberem onde começa a sua existência ou termina, os “atores” se alternam nas posições de dependente emocional, é como se estivessem colados um no outro, também conhecido como codependência, algo frequente com mãe e filho na vida adulta. Mas pode ocorrer em outros relacionamentos.
Essas relações costumam estar associadas a um clima de tensão, em que a chantagem emocional é recorrente. Nessas situações, não se permite que o outro possa ser livre para ir e vir e os envolvidos são mantidos “presos” em um jogo de controle, poder e dominação e o pior é que, na maioria das vezes, se vive em uma “cegueira”, pois alguns disfarçam dizendo que isso é cuidado ou “amor”.
Pesquisas apontam bases neurológicas para tal comportamento
Pesquisas recentes têm investigado sobre as bases neurológicas do amor, encontrando que essas se assemelham aos mecanismos envolvidos na utilização de substâncias psicoativas. Todavia, a vivência familiar e os estilos de apego aprendidos também contribuem com a dependência emocional.
Cabe destacar que os estilos de apego aprendidos durante a infância tendem a ser repetidos na idade adulta, sendo predominante na dependência emocional o apego preocupado e o apego ambivalente. Nos dois casos, é predominante a visão negativa de si mesmo e a positiva de outros. Pessoas com esses padrões de apego apresentam maiores índices de culpa em situações de rejeição social e cuidados e envolvimento excessivo com o outro, segundo pesquisadores.
Nesse caso, é essencial o auxílio profissional para resolver os traumas e dores emocionais que, na maioria das vezes, vieram da infância.