Pais de adolescentes estão tão solitários e depressivos quanto filhos, declara pesquisa
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4/28/20252 min read


Pesquisa de Harvard mostra que o bem-estar de seus pais de adolescentes tem sido comprometido nos últimos anos assim como ocorre com os jovens.
Duas pesquisas feitas nos EUA pela Universidade Harvard, uma com jovens e a outra com pais e cuidadores, identificaram que os pais e os adolescentes sofrem com índices parecidos de problemas de saúde mental.
No estudo, 18% dos adolescentes diziam sofrer de ansiedade, o mesmo valia para 20% das mães e 15% dos pais.
Já a depressão afetava 15% dos jovens e, ao mesmo tempo, 16% das mães e 10% dos pais.
Isso não quer dizer que eles experimentavam momentos de tristeza, que é um sentimento normal em nós humanos. Porém, tinham “pouco interesse ou prazer nas suas atividades” e se sentiam “mal, deprimidos ou desesperançosos” mais da metade do tempo — ou seja, em níveis considerados preocupantes pelos especialistas.
Outro dado preocupante: o estudo estima que um terço dos adolescentes americanos tenha ao menos um dos pais sofrendo de depressão ou ansiedade. E 40% desses jovens se diziam preocupados com o estado mental de seus pais.
A pesquisa foi realizada em dezembro de 2022, mas a situação não parece ter mudado tanto em pouco tempo.
No Brasil a saúde mental também é preocupante
No Brasil, um levantamento feito pelo Panorama da Saúde Mental aponta que jovens entre 16 e 24 anos estão entre os mais afetados por problemas como baixa autoestima, falta de interesse pelas atividades cotidianas e conflitos familiares.
Anteriormente, os dados já indicavam isso. Em 2021, já havia identificado que 36% dos jovens apresentavam sinais de depressão ou ansiedade, segundo uma pesquisa da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP)
Na ocasião, em entrevista à BBC News Brasil, Guilherme Polanczyk, do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da FMUSP afirmava que “a saúde mental da população em geral está muito frágil”. Embora fosse um comentário sobre o cenário de um período particularmente difícil de estresse e isolamento que ocorreu durante a pandemia, já dava indícios para a existência de um problema mais amplo.
De acordo com pesquisadores, os motivos por trás desse quadro são complexos, porém incluem, no país, um contexto de mais casos de solidão e violência na vida urbana e também uma vulnerabilidade socioeconômica em grande parte da população.
Perante tal situação, o que nos resta é refletir e buscar soluções para minimizar ou resolver. Uma terapia eficaz seria a saída mais assertiva.